sexta-feira, 21 de maio de 2010

O fim de semana de 15 e 16 / Maio

Aos poucos tenho me vindo a atrasar na redacção das minhas crónicas, chamo-lhe diário de bordo electrónico, não que me faltem temas ou saídas no Blue Seven, por vezes simples almoços, talvez pela falta de tempo, talvez seja da crise que a tudo e a todos afecta. Talvez seja da Pós Graduação que me está a levar o tempo todo, esse, que já não era muito.
No passado fim de semana dia 15 e 16, tinha tantos, tantos planos que os dias da semana inteiros não deviam chegar tudo. Claro que tudo o que diz respeito a fins de semana para mim e para outros iguais estão invariavelmente relacionados com o mar ,e para mim com o Blue Seven em particular.

Os planos iam desde ir passar o fim se semana inteiro a Cascais e aproveitar para tirar umas fotos para a revista que colaboro, a ir somente no domingo para assistir in locco à última regata. Dormir fundeado, dormir na Marina, dormir ao largo, ... a sair no Sábado de manhã e fazer a bóia de espera e voltar para trás, bem um sem numero de planos e ideais.

Feitas as contas acabamos por ir dormir à MPN, um espanto de sossego e bem dormir a bordo, eu que qualquer barulhiho me incomoda e acorda, jantámos com os nossos amigos "Galhofas" como carinhosamente apelidamos a família Santos proprietária do Galhofas. A Selma, sempre atarefada, acabou por ir para casa, coisas de festas ( dos miúdos ) e de cabeleireiros ( das graudas ) e eu, sozinho, mas nada chateado, fiquei a acabar de ler a "Vida num sopro" e a aguardar a vinda do Cmd. João, feliz da vida  para a volta de fim de semana.

Já no Domingo foi dia de "rumar a seco" até Santarém e prestar algum apoio familiar, que tão bem sabe a  pais,  filhos e irmãos.

A registar a companhia durante todo o fim de semana do "simpático" Farrusco, mascote da escola do Gui, que têm a particularidade de ir passar todos os fins de semana com um menino diferente e que se faz acompanhar de um livro de "Acta" onde são registadas todas as actividades desenvolvidas em conjunto.

O Farrusco nas mais diversas tarefas náuticas.

Quanto a saída de Sábado, o vento apresentou-se verdadeiramente incerto, ora de NW ora de N, de 3 a 33 nós. Sorte foi que rizamos de imediato a grande, para o 1º rizo e a descida do Tejo foi feita com alguma excitação ora pela inconstância do vento ora pela inconstância da sua direcção.

Desta vez passei o leme de imediato ao João, que até têm mais jeitinho para coisa que eu. O que gosto mesmo é da azafama das velas, não seja este o pouco desporto que ainda pratico. As pranchas de WindSurf lá vão de vez em quando ao Guincho, mas as costas logo começam a ter vida própria, fruto das duas hérnias discais. Não me canso de pensar no "nosso" navegador Olímpico Madeirense, João Rodrigues que comigo começou a andar de WindSurf na baía do Funchal e passado estes anos todos ainda se aguenta à bronca.

O bordo de regresso à MPN, foi feito ao final do dia com ventos na ordem dos 30 nós que nos obrigou a por o 2º rizo e desta forma a navegar com mais conforto, todos adornados, mas com algum controlo

A Nortada veio para ficar e o jeito é estar preparado para lidar com valentes orçadelas e alguns sustos à mistura.
A semana vai ser para fazer uma revisão ao motor, de começar a pensar na tripulação para a viagem á Berlenga em Junho e mais tarde em Julho a Sines.

Ainda existe a hipótese de ir ao Porto Santo, a ver vamos, como diz o cego.
Aquilo a que chamámos de Submarino.  Será que estão a chegar às peças !!  pensamos nós.